Eis que novamente chega o natal, para outros, finalmente chega o natal, há nessas duas expressões, duas simples e abstratas diferenças, uma soa como o ar de monotonia, outros já vêem tal festa, como algo tão esperado. Em ambas as expressões, não há certeza de que quem a pronuncie, viva corretamente essa “festa”. Há aí, uma preocupação minha e de muitos, de que esse tempo, se torne rotineiro (ainda que lembrado uma vez ao ano), rotineiro porque muitas vezes, não é vivenciado como deveria ser.
O Natal é tempo de transformação, de união não só física, mas também espiritual para com Deus e os mais necessitados deve ser um momento reflexivo, será que em meio à correria do dia a dia, eu deixei Cristo habitar em mim? Essa é a pergunta que devemos nos fazer. Como Maria, somos chamados a sermos sacrários vivos de Jesus, mas esse Cristo deve passar em nós e deixar marcas, ele deve ser um impulso, para que verdadeiramente sejamos Cristãos.
E Cristão, não é aquele que se deixa inconscientemente levar pelo consumismo, a que a mídia, nos incentiva, Cristão, não é aquele que deixa Cristo nascer em seu coração, mas deixa seu irmão morrer das fomes e sedes, nas ruas e calçadas de sua cidade, cristão, não é aquele que tendo o poder em mãos, guarda dinheiro em meias e cuecas, e ainda tem a ousadia de falar com Deus (pena que só falaram, não ouviram nada do que Deus a eles falou, talvez tivesse dinheiro até no ouvido). Isso não é ser Cristão.
Nessas horas, devemos perceber uma, das metáforas do nascimento de Cristo, o que fica subentendido é que, tendo Jesus, sendo filho de Deus, e considerado aquele que nos traria a paz, por que então, ele nasce em meio a fenos?! Está aí, uma coisa abstrata belíssima, onde percebemos que Jesus desde nascer nos mostra que dinheiro e riqueza não são fundamentais para nós seres humanos.
O que importa nesse natal, não são a quantidade e qualidade de presentes recebidos, pois há um presente essencial para ser feliz, que nos é doado, Jesus, ele que nasce, e quer habitar nossos corações. O que vale nesse natal é ser verdadeiro, e ser verdadeiro, consiste em saber da verdade, certo?! E qual é então essa verdade? A verdade é que natal, é memória do nascimento de Jesus, isso só, basta!
A mídia dificilmente coloca essa verdade para nós, porque o que interessa a eles são as propagandas, que por sua vez mostram a ambição e egoísmo de tais empresas, daí a necessidade e o valor de contribuirmos com nossos meios de comunicação católicos.
Que neste natal, possamos “acordar” deste sono profundo que a televisão nos infunde, e percebamos o real e essencial sentido desta tão bonita e maravilhosa festa, e que não desviemos dos caminhos do Senhor, para os caminhos do consumismo.
Tenhamos, pois um coração sincero e verdadeiro, um coração aconchegante para a vinda do bom menino, um “coração manjedoura”. Deus poderia muito bem colocar o filho dele para nascer em um berço de ouro, mas assim, não o quis, e como dizia o sábio: “Dentre todos os lugares belos deste mundo, Deus escolheu o seu coração para habitar”. Tenhamos essa certeza e deixemos Cristo entrar e ficar conosco.
Desejo a você um feliz e abençoado Natal.
